sexta-feira, 4 de maio de 2012

VISITA A MUSEUS VIRTUAIS - MASP

MASP

MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO 


SITE


VÍDEO: Conhecendo Museus

Conhecendo Museus é uma ação projetada pela FJPN (Fundação José de Paiva Neto) com o objetivo de lançar a reflexão sobre a concepção de Museu como um lugar provocativo, estimulando as novas gerações a discutir as questões contemporâneas e a preservação da memória não só para estudantes ou público em geral, mas também para professores que necessitam de ferramentas que prendam a atenção dos alunos e lhes instiguem a curiosidade, para saber mais sobre assuntos ligados à História, à Filosofia, à Geografia, às Artes, Identidade, Sociedade entre outros.

Referências:

Fonte do Vídeo: Canal: tvmuseus


FOCO DO MUSEU: ARTE



P.M. Bardi e Chateaubriand, na inauguração do MASP em 2 de outubro de 1947
MASP é o mais importante museu de arte ocidental do Hemisfério Sul.
Seu acervo é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN desde 1969, e possui atualmente cerca de 8.000 peças, dentre as quais destacam-se as pinturas ocidentais, principalmente italianas e francesas. Do século XIII aos dias de hoje, pode-se apreciar Rafael, Mantegna e Botticceli – da escola italiana – e Delacroix, Renoir, Monet, Cèzanne, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse e Chagall – da chamada Escola de Paris.

Possui também uma grande coleção de pinturas da escola portuguesa, espanhola e flamenga, além de artistas ingleses e latino-americanos, como Diego Rivera. Dentre a coleção de artistas brasileiros, destacam-se Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Almeida Junior.

Dentre as esculturas, destacam-se os mármores da deusa grega Higéia do século IV a.C. e a coleção de 73 esculturas de Degas, que só podem ser vistas integralmente no MASP, no Metropolitan Museum de Nova York, ou no Museu D`Orsay, em Paris. Também destacam-se os bronzes de Rodin, as peças de Ernesto di Fiori e Victor Brecheret, entre outros.

Coleções de gravuras, fotografias, desenhos, arqueologia, maiólicas, tapeçaria e artes decorativas européias, além de uma grande coleção de peças kitsch, também fazem parte do acervo do museu.

A convite do Museu d`Orsay de Paris, integra o “Clube dos 19”, do qual participam apenas os museus que possuem os acervos de arte européia mais representativos do século XIX, como Museu d´Orsay de Paris, Metropolitan Museum de Nova York, The Art Institute of Chicago, Museum of Fine Arts de Boston, Van Gogh Museum de Amsterdã, a Kunstaus de Zurique, Hermitage de St. Petersburg, a Galleria Nazionale d´Arte Moderna de Roma e National Gallery e Tate Gallery de Londres.

O museu vem ampliando a sua coleção através de doações de pessoas físicas e de parcerias estabelecidas com empresas e instituições.


O edifício cartão-postal da cidade
                      
O edifício sede do museu, com 11.000 metros quadrados divididos em 5 pavimentos e com vão livre de 74 metros, é um ícone da cidade de São Paulo. Em 1982 foi tombado pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e em 2003 pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Além de museu, o MASP é um centro cultural que proporciona diversas atividades ao público, como escola de arte, ateliês, espetáculos de dança, música e teatro, palestras e debates, cursos para professores, entre outras tantas atividades realizadas durante todo o ano.

É o museu mais frequentado de São Paulo, com média de 50.000 visitantes/mês (dados Folha de São Paulo, 05 de abril de 2009).


A HISTÓRIA

Fundado em 1947, o MASP foi idealizado por Assis Chateaubriand, empresário e jornalista, e Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte italiano. A princípio, instalou-se em quatro andares do prédio dos Diários Associados, império de Chateaubriand formado por 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, editora e a revista O Cruzeiro.

As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas pessoalmente por P. M. Bardi na Europa do pós-guerra, em suas inúmeras viagens às principais capitais culturais com Chateaubriand.

Chatô, como era chamado, usava seu prestígio político-empresarial entre os grandes empresários da época para arrecadar os recursos para a aquisição das obras.

Como São Paulo era na época a grande capital financeira, principalmente devido a circulação do dinheiro das indústrias e do café, decidiu-se que o MASP seria construído nesta cidade.

A nova sede, na próspera Avenida Paulista, foi projetada por Lina Bo Bardi. Foram 12 anos entre projeto e execução. Lina trabalhou sob uma condição imposta pelo doador do terreno à prefeitura de São Paulo: a vista para o Centro da cidade e para a Serra da Cantareira teria de ser preservada, através do vale da avenida 9 de Julho.

Assim nasceram as quatro colunas do atual museu com um vão livre de 74 metros, assim nasceu um dos cartões postais da cidade de São Paulo, foi inaugurado em 1968. Projeto moderno e ousado para a época, abrigava a coleção do museu, já conhecida e respeitada nos muitos países pelos quais passou durante os anos em que o edifício esteve em construção, como França, Itália, Japão, entre outros.

A inauguração do novo prédio contou com a presença da Rainha Elizabeth II da Inglaterra, além das maiores autoridades brasileiras da época e uma grande participação popular em frente ao edifício.

Como o prédio foi projetado suspenso pelas duas colunas e a vista da Paulista para o centro da cidade fosse preservada, foi concebida uma esplanada abaixo do edifício. Conhecida hoje como “vão livre”, havia sido idealizada por Lina como uma grande praça para crianças, famílias, com brinquedos e muitas plantas.

As colunas do edificio foram pintadas de vermelho somente em 1990 na ocasião dos 40 anos
do museu, em parceria com a empresa Suvinil, obedecendo o projeto original de Lina Bo Bardi.

Ao longo de sua história, o museu foi ponto de partida de outras instituições, como a ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, cujas atividades foram iniciadas no museu, a escola de artes da FAAP e a Mostra Internacional de Cinema, cuja idéia também nasceu no MASP. Os filmes da mostra eram exibidos com exclusividade no museu em seus primeiros anos.

Na reforma de 1997, o prédio recebeu um terceiro andar subsolo, onde está hoje a reserva técnica, moderno espaço que abriga as peças do acervo enquanto não estão em exposição.

Em 2007, o MASP teve sua coleção reorganizada em 4 grandes exposições, pelo curador coordenador do museu, Prof. Teixeira Coelho, em comemoração aos 60 anos do museu.

O museu vem proporcionando ao público brasileiro, desde sua fundação, centenas de exposições de artistas estrangeiros e grandes exposições internacionais, através do Intercâmbio de obras com diversos museus no mundo e o patrocínio de empresas parceiras, e permanentemente apresenta as obras dos artistas radicados no Brasil através de uma visão contemporânea da produção atual de todas as manifestações artísticas.




ACERVO

Imagem da Galeria Georges Wildenstein, no 2º andar do MASP
O MASP é considerado hoje o mais importante museu de arte do Hemisfério Sul, por possuir o mais rico e abrangente acervo. São cerca de 8.000 peças, em sua grande maioria de arte ocidental, desde o século IV a.C. aos dias de hoje.
São destaques da Coleção do MASP as obras de Rafael, Bellini, Andrea Mantegna e Ticiano, na Escola Italiana.
Os retratos das filhas de Luiz XV, pintados por Nattier, as Alegorias das Quatro Estações de Delacroix e as pinturas
de Renoir, Monet, Manet , Cézanne, Toulouse-Lautrec e também as de Van Gogh, Gauguin e Modigliani registram a importância da arte produzida na França, presentes na Coleção.

O MASP também possui a coleção completa de 73 esculturas de Edgar Degas, além de 3 pinturas do artista.
A Arte Espanhola está representada por El Greco, Goya, Velázquez, e a Arte Inglesa por Gainsborough, Reynolds, Constable e Turner, entre outros. Dentre os flamengos, citamos Rembrandt, Frans Hals, Cranach e Memling e o tríptico de autoria de Jan Van Dornicke.
Na Arte das Américas marcam presença Calder, Torres Garcia, Diego Rivera e Siqueiros, dentre os muitos artistas brasileiros, Almeida Junior, Cândido Portinari, Anita Malfatti, Victor Brecheret e Flávio de Carvalho.
Fazem parte do acervo também núcleos de: Arqueologia, Esculturas, Desenhos, Gravuras, Fotografias, Maiólicas (cerâmicas italianas dos séculos XIV ao XI), além de Tapeçarias, Vestuário e Design.
A convite do “Musèe d’Orsay” o MASP integra desde 2008, o “Clube dos 19”, que congrega os 19 museus cujos acervos são considerados os mais representativos da arte européia do século XIX, como o Musèe d´Orsay, The Art Institute de Chicago, Metropolitan de Nova York, entre outros.
Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, o acervo do museu vem sendo enriquecido e ampliado através de doações de pessoas físicas e de parcerias com empresas e instituições.



EXPOSIÇÕES

DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO
 
 
DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO apresenta o universo do sagrado na cultura ocidental através de 40 obras de mestres dos séculos 14 ao 19.
EXPOSIÇÃO DO ACERVO MASP

DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO


Período:

Desde 15 de outubro de 2010. Sem previsão de encerramento, Acervo MASP
Uma obra-prima de um mestre do Renascimento e uma instalação do artista brasileiro contemporâneo Eder Santos são os destaques de Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado. São Jerônimo Penitente no Deserto, que o jovem Andrea Mantegna concluiu em 1451 e foi uma das principais obras na maior retrospectiva do autor, realizada em 2008 em Paris, no Louvre, está de volta ao MASP depois de restaurada pela equipe do museu francês.

Concebida pelo curador Teixeira Coelho a partir de 40 obras-primas do acervo do museu, a maioria do século 14 ao 19, Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado traz ainda El Greco (Anunciação, de 1600); Delacroix (As quatro estações, c.1856); Botticelli (Virgem com o Menino e São João Batista Criança, c.1490); Tintoretto (Ecce Homo ou Pilatos Apresenta Cristo à Multidão, c.1546); Rafael (A Ressurreição de Cristo, 1499-1502), entre outras.


Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado
, por Teixeira Coelho

A representação de deuses e madonas nesta exposição alicerça-se sobre a ideia do sagrado, uma categoria da relação entre o ser humano, a vida e o mundo, que pertence ao campo do indizível, daquilo que foge ao racional. Em sentido comum, o sagrado expressa um atributo moral traduzido pela ideia do bom e do bem. Mas esse é uma visão racional do sagrado, como sugere Rudolf Oto, que cunhou o termo numinoso para referir-se ao sagrado descontado seu aspecto moral e, portanto, seu lado racional. Numinoso é, assim, aquilo que não pode ser traduzido em conceitos, algo de amplo alcance indo muito além do que é “apenas” moral (os deuses gregos não tinham sempre um comportamento moral, e mesmo no monoteísmo cristão há interpretações divergentes sobre a natureza boa ou das entidades divinas).
O numinoso não se traduz em palavras – mas pode manifestar-se em imagens, como na arte. Hegel anotou que a arte “dá vida ao que é meramente sensorial, atribuindo-lhe uma forma que exprime a alma, o sentimento, o espírito”. Mas a arte anima também, e torna visível, aquilo que é, mais que sensorial, intuitivo e nocional, como o numinoso.
A coleção do MASP reúne obras cujo tema é o numinoso tanto na versão grega clássica como na manifestação cristã que se dão ao redor da ideia dos deuses e das madonas, dois grandes personagens da história da arte ocidental. São dois sistemas de valores distintos, expressos nos pincéis de grandes mestres da arte ocidental. É deles e de sua arte, não do sagrado em si, que trata esta exposição. Durante largo tempo o sagrado foi um tema privilegiado da arte e era o sagrado que interessava, não a arte que o exprimia (e que nem arte, no sentido contemporâneo, era). Hoje, no museu, com obras do século 14 ao 21, a situação se inverte e o assunto central é a arte e seus códigos de representação da realidade e do imaginário.

Serviço Educativo

Como nas mostras compostas por obras do acervo e nas exposições temporárias realizadas pelo MASP, a exposição Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado terá um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados. Informações: 3251 5644, ramal 2112.
 
Informações Gerais
 
Período:
Desde 15 de outubro de 2010 (sem previsão de encerramento, Acervo MASP)

Local:
2º andar do MASP, Galeria Georges Wildenstein

Curadoria:
Teixeira Coelho e Denis Molino

Patrocínio:
Samsung, Hospital São Luiz, Lei Federal de Incentivo à Cultura
Produção e Montagem:
Equipe MASP
Informações à Imprensa:
InterComunique Assessoria de Relações Institucionais.
Fone 11 3812 2780


ATIVIDADE: ARTES




Visita a um museu


Objetivos

1) Realizar um estudo de meio que vá além de um simples passeio ou de um questionário a ser respondido pelos alunos após a visita;

2) Explorar o potencial educativo de museus e exposições para a disciplina de artes.

Ponto de partida

Escolha um museu ou exposição de arte em sua cidade ou numa cidade próxima. Verifique se existe um programa educativo com visitas e material para professores. Se houver, agende uma visita e participe das atividades para professores, se não, prepare você mesmo um roteiro. De qualquer forma, é fundamental que você visite a exposição antes de levar seus alunos. Sirva-se também do texto Arte, o que é isso? e de outros disponíveis na seção de Artes e Cultura brasileira do site Educação.

Comentário introdutório

Ir a museus e exposições não é simplesmente um ato "ilustrativo" do conteúdo dado em sala de aula. Museus são locais com grande potencial educativo, onde é possível ter contato com obras de arte originais, além de uma verdadeira noção do que é patrimônio histórico e cultural.

Se seus alunos nunca foram a um museu, é importante preparar bem a visita para desmistificar a idéia que muitos têm de que museu é "chato", "lugar de coisa velha"etc.

Estratégias

1) Antes da visita:

Escolha a exposição e visite-a;

Agende a visita, se possível;

Conte para seus alunos e prepare uma aula sobre o tema;

Leve imagens para a sala de aula e esclareça alguns conceitos;

Faça uma leitura e interpretação do texto sugerido.

Explique para seus alunos o que é um museu, quais são as regras, por que não devemos tocar em obras de arte.

A maioria dos museus não permite fotografar o acervo, porém nada impede que se registre a visita como um todo, a saída, o museu por fora e pontos interessantes do trajeto.
2) A visita:

A ida ao museu faz parte da visita e o trajeto percorrido chama muito a atenção. Lembre-se também: a saída da escola é uma quebra na rotina.

Se houver agendamento com educadores do museu, os alunos serão divididos em grupos que deverão permanecer unidos até o final. Já se não houve agendamento, siga o roteiro previamente elaborado.

De uma forma ou de outra, não se deve ter a expectativa de ver todo o acervo do museu ou toda a exposição, a não ser que seja pequeno. A visita em grupo deve ser prazerosa e estimular os alunos a voltarem posteriormente com sua família ou amigos.

Não é interessante que os alunos levem questionários para ser respondidos no decorrer da visita. O melhor mesmo é fazer a visita orientada pelo educador, sem fazer anotações.

3) Depois da visita:

Retome em sala de aula o que foi discutido na visita.

Proponha atividades como redações, relatórios e desenhos sobre o passeio.

Verifique quem fotografou a visita e selecione imagens que possam ser expostas.

Sugestões e dicas

Prepare um relatório coletivo. Em uma pasta, agrupe o material escrito, gráfico e fotográfico dos alunos de forma que todos possam ter acesso.



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